Tanto tempo passou já desde as últimas linhas aqui escritas.
Vim a lisboa, passou a semana em Lisboa, rápida, rápida. Ainda mais breve foi a semana em casa, trabalho, casa...e de repente, dou por mim no final de mais uma semana de ciranda acelarada na capital.
Caminho quilómetros por dia, com uma mala pesadíssima ao ombro, sempre apressada (bem, de vez em qdo páro numa ou noutra montra, entro a ver uma ou outra loja, que uma gaja não é de ferro!!), entro nas agências /operadores ou empresas, e debito vezes sem conta o mesmo discurso, lá o adaptado nisto ou naquilo conforme o ouvinte...mas até eu, a certa altura, parece que deixo de acreditar naquilo e tudo me soa entaramelado e oco. Mas entretanto há a satisfação de uns pedidos directos de datas e disponibilidade, o que é bom para apresentar alguns resultados concretos destas semanas de acção comercial que não saem nada baratas!! Eta profissãozinha ingrata!! O meu avô bem me queria sra.dra., mas não era de certeza para ser caixeira viajante a vender o meu peixe de porta em porta e a não ter dinheiro para fazer cantar um cego!! Raisparta as escolhas de vida que se vão tomando e que a certa altura só me fazem pensar na grande idiota que fui ou sou, e de como agora estou limitada por essas escolhas. Ou por não ter feito uma escolha mais inteligente de curso, seja lá o que isso for, ou ter feito melhores opções profissionais. Sei que tenho a vida em suspenso, vivo na pela grande parte da realidade da geração dos 500 €, e come e cala!
Mas não a vida não são só desgraças... a estas vindas a Lisboa permitem-me encontrar a paz nos braços do meu homem. Saber que vamos estar juntos ao fim-do-dia e que vamos falar, desabafar o dia e descontrair juntos até adormecer é óptimo... e cada vez mais apetece passar mais e mais dias assim. Comer juntos, passear, sentir o cansaço em conjunto, sentir os problemas mais leves por que estamos juntos, poder falar sem ser ao telefone. Sentirmo-nos, enfim...gosto, gosto, gosto!!!
